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Cantos e encantos: presença do Maracatu Nação Pé de Elefante nas Festas dos Mestres da Jurema Santa e Sagrada

Na Festa dos Mestres, Pé de Elefante levou sua força e devoção ao Reino do Bom Florar e à Casa do Catimbó: Filhos da Jurema Sagrada. Com a trovoada e corte presentes, reafirmamos os laços espirituais que fundamentam nossa Nação.


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Oferenda de frutas e flores na festa dos mestres no Reino do Bom Florar. Foto: Perazzo Jr.


A Nação Maracatu Pé de Elefante vive de sua essência: a conexão espiritual com a Jurema Sagrada, o terreiro e entidades que fundamentam sua existência. É essa ligação com a religiosidade e o respeito à ancestralidade que tornam o Pé de Elefante mais do que um grupo cultural: somos uma Nação, apadrinhada e guiada por um terreiro que pulsa em nossas toadas, passos e batuques.


Foi com esse espírito que nossa trovoada e a corte marcaram presença na Festa dos Mestres, um evento de grande significado espiritual, organizado pelo Ilê Axé Xangô Agodô, a Casa do Catimbó e liderado pelo Babalorixá OBADIMEJI Beto de Xangô, Guardião da Jurema Sagrada.


Dividida em duas etapas, a Festa começou no dia 17 de novembro de 2024, em Alhandra, e teve continuidade no dia 24 de novembro de 2024, no Ilê, em João Pessoa.


A primeira etapa: Reino do Bom Florar – Alhandra e a Jurema Sagrada


No dia 17 de novembro de 2024, o Pé de Elefante levou seu batuque ao Reino do Bom Florar, em Alhandra, Paraíba, uma cidade que carrega o título de berço da Jurema Sagrada. Esse reconhecimento não é à toa: Alhandra abriga o sítio do Acais, onde viveu Maria Eugênia Gonçalves Guimarães, a famosa Maria do Acais, juremeira de origem indígena que marcou a história da Jurema paraibana.


Sob a proteção das energias encantadas e o olhar dos Mestres e Encantados da Jurema, os juremeiros entoaram cânticos em louvor aos ancestrais. Foi nesse cenário que o Maracatu Nação Pé de Elefante se apresentou, exaltando o Mestre Zé da Barruada, entidade da casa e do Ilê.


Fotos: Perazzo Jr.


A toada ao Mestre Zé da Barruada

Durante nossa apresentação, dedicamos nossos sons ao Mestre, cuja força e sabedoria nos guiam:


“O nosso mestre, é braço forte

Pisa no fogo pra ver a faísca voar. (Coro repete)

É nação nagô, é de Jurema

Salve o nosso mestre Zé da Barruada!” (Coro repete)


Foi emocionante sentir a energia vibrar no Reino do Bom Florar, especialmente ao perceber a alegria do Mestre Zé da Barruada, manifestado através de Pai Beto. Foi um momento de celebração e honra às nossas raízes.


Segunda etapa: A Casa do Catimbó: Filhos da Jurema Sagrada, em João Pessoa


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Foto: Perazzo Jr.


No dia 24 de novembro de 2024, a celebração continuou na A Casa do Catimbó: Filhos da Jurema Sagrada, em João Pessoa. Na ocasião, mais uma vez reafirmamos os laços entre a Nação Pé de Elefante e as casas espirituais que nos sustentam. Tivemos o privilégio de contribuir com nosso maracatu, unindo a força do tambor, o balanço do agbê, a vibração da caixa, o peso do gonguê e a alegria da corte ao ambiente sagrado do Ilê. Assim, fortalecemos ainda mais a conexão com as entidades e a espiritualidade que dão sentido à nossa Nação.


Fotos: Perazzo Jr.


Que nossos tambores continuem ecoando em homenagem às entidades que nos guiam e protegem. Que o laço entre a Nação Pé de Elefante e as casas espirituais se fortaleça, sempre em harmonia com a energia dos Mestres e encantados.


Com gratidão e reverência, deixamos nossas saudações:

Saravá nosso Padrinho!

Saravá o Mestre Zé da Barruada!


 
 
 

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